Começou ontem a nova temporada televisiva da corrida pela conquista do eleitorado. O horário eleitoral gratuito não é o passatempo predileto da grande massa, tampouco é o meu. Mas como todo bom chato, me preparei cuidadosamente para assisti-lo. Enchi um copo de refrigerante, abri um pacote de Doritos, apaguei a luz e pronto! Liguei a TV.
Nos primeiros dez minutos já havia me arrependido de não ter pegado também um Engov.
Não quero entrar em detalhe sobre os programas eleitorais em si, mas já estou entrando. A impressão que ficou é que mais previsível impossível. Procurarei ser breve.
O tucano José Serra, (ou como ele mesmo prefere ser denominado, num ato desesperado por intimidade e de aparente carisma), o “Zé”, prendeu-se quase que exclusivamente ao tópico “saúde”. Não pude deixar de me lembrar do Plínio Arruda, que destacou brilhantemente que Serra, o seu Zé, deve ser o maior hipocondríaco do país.
Depois Dilma Rousseff deixou claro que, se possível fosse, deixaria a barba crescer, arrancaria um dedo, e seria Lula em pessoa. Ficou até exagerado o apelo da ex ministra vinculando-se com a imagem do Presidente. Não sei, sinceramente, quem apareceu mais. Eu estava ansioso mesmo para ver a abordagem que seria feita sobre a prisão da candidata no período militar. Uma passagem de cinco segundos foi dedicada ao caso. E ponto final.
Marina silva não foi mais surpreendente. Dedicou todo o seu tempo com clichês sobre o fim do mundo conseqüente da má preservação do meio ambiente. Claro que o tema é de real importância, mas só isso?! E as propostas? Que a preservação vai mal eu já sei, mas e o que será feito? E as outras deficiências sociais?
Não bastasse a minha indignação, os outros presidenciáveis, em suas insignificantes coadjuvações, gastaram seu breve espaço midiático chorando magoas e insatisfações com o trio de candidatos principais.
Sem agressões diretas, sem revelações, sem propostas objetivas, a corrida eleitoral parece continuar sendo um joguinho de comadres inseguras.
E assim que o programa eleitoral teve fim, alguém gritou lá da cozinha:
- Começou a novela?
E eu respondi baixinho, para mim mesmo:
- Acabou de terminar.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Espera
Eu te espero quase um ano
Você chega qual cigano
Vem num dia, vai no outro
Me faz juras que regressa
Mas conheço tal conversa
Só te pego se te encontro
Acontece que quando voltas
Já me chega pelas costas
Me ataca com covardias
Me ganha no corpo, no lero
E no fim das contas te espero
Outro ano contando os dias.
Você chega qual cigano
Vem num dia, vai no outro
Me faz juras que regressa
Mas conheço tal conversa
Só te pego se te encontro
Acontece que quando voltas
Já me chega pelas costas
Me ataca com covardias
Me ganha no corpo, no lero
E no fim das contas te espero
Outro ano contando os dias.
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